28 dezembro, 2025

Os 2 Motivos que me fizeram escolher o ETF SPXB11

Olá, turma!

Finalmente realizei a compra do primeiro e, provavelmente, único ETF da minha carteira: o SPXB11. Quero compartilhar com vocês o raciocínio por trás dessa escolha, lembrando que esta é a minha decisão pessoal e não uma recomendação de investimento.

O SPXB11, lançado em setembro de 2021 pelo BTG Pactual Asset, rastreia o famoso VOO (Vanguard S&P 500 ETF), expondo o investidor brasileiro ao principal índice das maiores empresas americanas. 

Atualmente, ele possui uma taxa de administração global máxima de 0,20% a.a. e um patrimônio líquido de R$ 181 milhões, distribuído entre cerca de 12,5 mil cotistas.

Por que escolher a B3 e não o exterior?


A resposta se resume a simplicidade e exposição cambial via B3.

O SPXB11 oferece mais praticidade, pois é negociado em uma corretora local e reinveste os dividendos automaticamente. Além disso, como não tenho planos de morar no exterior, manter uma fatia grande (20% ou mais) dos meus investimentos fora do Brasil simplesmente não faz sentido para o meu planejamento de vida.

Por que o SPXB11 em vez do IVVB11?


Minha escolha se deu por dois motivos bem específicos:

1. Valor Nominal da Cota (o argumento principal): No Brasil, não podemos comprar frações de ativos. Isso significa que, se você tem um valor pequeno parado na conta da corretora (digamos, menos de R$ 400), não consegue investir em ETFs de cota alta.

  • Para dar um exemplo prático: hoje, uma cota do IVVB11 custa cerca de R$ 431,70, enquanto o SPXB11 sai por R$ 16,34. Se me sobrar R$ 400,00, não compro sequer um IVVB11, mas levo no mínimo 24 cotas do SPXB11.
  • Eu prefiro investir tudo o que sobra na conta do que deixar parado. Por mais que pareça um raciocínio ingênuo, essa flexibilidade de aporte é o que me move.

2. A Taxa de Administração (o detalhe): O SPXB11 tem uma taxa de 0,20% a.a. contra 0,23% do IVVB11. A diferença de apenas -0,03% a.a. na taxa entre eles é minúscula, e o impacto é pequeno no longo prazo, mas existe. Não foi o fator decisivo, mas complementou minha escolha.

Abaixo, alguns exemplos do impacto das taxas de administração sobre o retorno de três ETFs e o que isto representa em 30 anos:






Por que não escolhi um ETF Global (WRLD11)?


Eu estava praticamente decidida a comprar o WRLD11, mas dois fatores me geraram incômodo: o principal é o fato de ter mais de 9 mil empresas em sua composição, e o segundo é sua taxa de administração de 0,36% a.a. (que, embora não seja alta pelo que ele entrega, é maior).

Para quem busca diversificação global com baixo custo, o WRLD11 é, sem dúvida, perfeito.

E se eu mudar de ideia? Mesmo que eu queira exposição global no futuro, o WRLD11 não seria a opção ideal, pois geraria uma sobreposição enorme com o SPXB11. Isso ocorre porque as empresas americanas compõem cerca de 67% do WRLD11.

Para evitar essa sobreposição, existe o novo GXUS11, lançado em novembro de 2025 pela Galapagos. Ele tem o VXUS como alvo (que rastreia ações de mercados desenvolvidos e emergentes). 

Em resumo, o GXUS11 proporciona uma alocação global e diversificada setorialmente, porém sem exposição às ações listadas nos EUA.

É uma alternativa super interessante para quem já tem S&P 500, mas também não me atrai pela mesma razão do WRLD11: a enorme quantidade de empresas em sua composição.

Sobre a Galapagos, não pesquisei detalhes sobre seu histórico como gestora. E sobre o ETF, ainda não há muito o que comentar, visto que é um lançamento muito recente.

Deixo o vídeo do canal Anthony Louis, CNPI-T - Resulta Capital sobre o GXUS11 para os mais curiosos.



Eu terminei a leitura do livro "O Investidor de Bom Senso" (John C. Bogle), mas fiquei com a sensação de que o livro todo pode ser resumido em: compre fundos/ETFs passivos com taxa de administração baixíssima.

É isso, turma! Minha escolha foi feita: simplicidade, flexibilidade de aporte e o poder do S&P 500.

Um Feliz Ano Novo a todos e Boas Festas! 🥂

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