25 novembro, 2025

Mudança na estratégia de investimento

Olá, pessoal.

Aproveitei alguns dias de folga, que aliás, fizeram muito bem para a minha cabeça e tomei uma decisão importante: fiz uma mudança radical na minha forma de investir e vendi todas as ações da minha carteira.

Antes de falar sobre essa virada, quero compartilhar um breve resumo da minha trajetória como investidora.

Comecei a investir em 2018, quando conheci a Bastter.com e a filosofia Bastter de acumular patrimônio. Passei uma semana mergulhada nos materiais do site: lendo, assistindo vídeos, entendendo conceitos. Logo fiz minha assinatura, escolhi alguns ativos, organizei tudo no Bastter System e, por três anos, aportei mês a mês no ativo que estava para trás na carteira.

No início de 2021, porém, comecei a olhar para minha carteira e sentir que ela não evoluía. E olha que eu tinha empresas de qualidade: Wege, Engie, RD Saúde, Fleury, Porto Seguro, Lojas Renner, EzTec, entre outras. O problema estava na pulverização. Eu tinha mais de 25 ativos e, com investimentos pequenos em cada um, mesmo que uma empresa duplicasse de valor, o impacto no meu patrimônio era mínimo.

Diante disso, decidi mudar. A partir de 2021, aos poucos, vendi empresas como RD Saúde, Lojas Renner e migrei para outras "pagadoras" de dividendos. Considerei uma escolha acertada. 

Minha rentabilidade não empolga, mas ao menos os proventos mensais traziam alguma sensação de evolução, já que eram reinvestidos em novas ações.

Não pretendo entrar na eterna discussão sobre vantagens e desvantagens dos proventos. Cada investidor enxerga o mercado à sua maneira e tudo bem.

Também não estou desmerecendo a filosofia Bastter, da qual gosto muito, especialmente o Bastter System.

A verdade é que eu me cansei. Cansada de acompanhar resultados trimestrais, ler fatos relevantes e assistir videoconferências. E, sim. Parte disso é consequência de ter mais de 90% do patrimônio em renda variável.

Além disso, existe a complexidade da declaração do imposto de renda: juros sobre capital próprio, dividendos, bonificações, créditos em trânsito… É um emaranhado de informações que rouba tempo e paciência.

Então, decidi simplificar. Quero mais tempo para viver as coisas boas da vida.

Cada vez mais, sinto que o modelo de carteira da Aposentada aos Trinta faz sentido para mim. Antes, eu via os proventos como uma renda futura complementar. Mas, com o Tesouro Renda+, isso mudou: agora posso planejar um fluxo de renda por 20 anos, de forma clara e previsível.

E o risco Governo? E a inflação? E se o Real deixar de existir?
Bem… considerando que estarei mais velha no futuro, se o Brasil acabar, esse será o menor dos meus problemas.

Meu objetivo, portanto, é construir uma carteira inspirada no modelo da Aposentada aos Trinta.

Resumo do modelo:

1 - Reserva de emergência em CDB com liquidez diária
2 - CDBs que paguem ao menos IPCA+5% (ou LCIs/LCAs pagando IPCA+4%)
3 - Tesouro Direto pagando IPCA+5% ou mais
4 - ETF de bolsa americana com dólar (IVVB11 ou CSPX para quem investe lá fora)

Hoje, minha carteira está assim:

1 - Nenhum investimento;
2 - Nenhum investimento;
3 - Invisto no Tesouro Renda+ Aposentadoria;
4 - Nenhum investimento.

Também passei a olhar com mais atenção para ETFs de acumulação. Acredito que um ou dois ETFs sejam suficientes para compor a parte de renda variável, reduzir complexidade, garantir retorno no longo prazo e, acima de tudo, me permitir uma vida mais leve.

Agora, a pergunta inevitável: o que eu fiz com o valor da venda das ações?

Sendo bem sincera, eu não acompanho o mercado de renda fixa a fundo. Quase tudo que sei, aprendi com o Bastter:

- Curto prazo, Tesouro Selic.
- Longo prazo, Tesouro IPCA+

E, em meio a essa mudança toda, ainda veio a notícia da liquidação do Banco Master, deixando mais de 1,5 milhão de investidores dependendo do FGC para recuperar aplicações em CDBs que prometiam mais de 140% do CDI.

Por isso, para não cometer nenhum erro por impulso, estou inclinada a alocar tudo provisoriamente no Tesouro Selic enquanto estudo com calma as próximas decisões.

Sim, eu poderia comprar mais títulos do Renda+ e travar uma taxa de IPCA+6,84%. Mas isso me deixaria concentrada demais em Tesouro IPCA+, sujeita à marcação a mercado e, no fundo, não seria tão diferente da concentração que eu já tinha na renda variável.

Por enquanto, meu foco é simples. Aprender mais sobre ETFs e renda fixa, continuar aportando, organizar minha declaração de IRPF, porque vendi muitas ações e, a partir de 2026, com mais tranquilidade, estruturar minha carteira no modelo Aposentada aos Trinta.


Para aqueles que não estão familiarizados e possuem interesse na estratégia de investimentos da Aposentada aos Trinta, a ordem de leitura é:


Um abraço

2 comentários:

  1. Grande mudança! Enorme!

    Eu não sairia copiando carteira da internet, dei uma lida no artigo da aa30, não achei grande coisa, tem que montar de acordo com o teu perfil, tenha uma carteira que esteja adequada aos seus objetivos.

    No geral renda fixa BR é muito top, esse problema do banco Master é raro, na realidade foi crime nesse caso né, fraudaram tudo, mas tirando esses criminosos, tesouro SELIC rendendo muito, os IPCA também, é um ótimo momento pra travar taxas acima de 6% com o menor risco do mercado.


    Muito sucesso pra você!

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  2. Pelo menos vendeu em um momento que a bolsa está no topo histórico.

    Joga tudo no tesouro SELIC, e repense a carteira com calma. Eu sinto a mesma coisa, volta e meia dá vontade de vender tudo e aplicar em alguns poucos ETFs, igual tenho aquela carteira de estudo, ETFs da Paz, dá zero stress e tem dado ótimo retorno. https://investidor10.com.br/carteira/184345/

    Mas não é uma decisão fácil, não acho errado pulverizar a carteira, nem ter poucos ativos bons pagadores de dividendos, só são estratégias diferentes, mas no final parece que tudo vai pro mesmo resultado, desde que mantenha a disciplina e siga uma estratégia, com o tempo todos dão certo, até mesmo investir somente em renda fixa, é uma opção.

    Abraços!!

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